março 22, 2010

A imagem social da Mulher

No último sábado(20), durante a programação do II Fórum da Igualdade na Diversidade a Associação Mulheres na Comunicação participou da mesa-redonda que discutiu a imagem social da Mulher. Mais de 30 pessoas entre profissionais, estudantes de comunicação e integrantes do movimento de mulheres debateram  sobre a temática.

      Suzete, Angelita, Geralda, Raquel e Divina Jordão


Estavam na mesa Raquel Moreno, pesquisadora e integrante da Articulação Mulher e Mídia de São Paulo, a jornalista Suzete Amâncio, gerente da estatal TBC - Televisão Brasil Central, profª Angelita Lima da UFG e representando a Associação Mulheres na Comunicação, Geralda Ferraz.


A jornalista Suzete Amâncio baseou sua fala na sua experiência enquanto jornalista e mulher. Disse que na sua função, faz questão de ter um olhar sensível em relação às colegas de profissão, que muitas vezes  precisam faltar serviço para cuidar de filhos em casa. Que hoje 80% dos profissionais que compõe a TV são mulheres e acredita que isso já é um grande avanço.

Geralda Ferraz fez um levantamento histórico dos programas de rádio mantidos pela Associação Mulheres na Comunicação. Os programas que têm como objetivo principal a conscientização das mulheres a partir da abordagem das mais diferentes temáticas com o recorte de gênero. Falou da importância da Associação Mulheres na Comunicação ter se juntado a Rede de Mulheres no Rádio, hoje Comunicação, uma vez que as trocas de experiências com mulheres de todo o Brasil, as capacitações realizadas pela Cemina possibilitaram as integrantes de Goiás mais conhecimento, principalmente com o domínio das novas tecnologias. Hoje todas elas estão empoderadas, roteirizam, editam, criam blogs, alimentam e mantêm os  programas atualizados. Outro item lembrado pela presidente da Associação foi a motivação e interesse das integrantes em participar de encontros, seminários, conferências por todo o Brasil. São através das participações que elas se mantêm atualizadas sobre todas as temáticas. Geralda fez questão de lembrar que todo o trabalho hoje está consolidado, respaldado, pelo público ouvinte que reconhece nos programas, uma ferramenta imprescindível para a conscientização e valorização das mulheres e das populações historicamente excluídas.

Em seguida foi a vez da profª Angelilta Lima, que abordou o tema de sua tese de mestrado: como as mulheres vítimas de violência se viam através das notícias de jornais que as retratavam. Enfatizou que entrevistou dezenas de mulheres e elas se sentiam violentadas também pelos meios de comunicação que as expunham não escondendo suas identidades e características. Outra conclusão que chegou é que as mulheres expostas eram as pobres, pois as de maior poder aquisitivo sempre tinham formas de manter suas histórias em sigilo.

Finalmente a pesquisadora Raquel Moreno fez a sua fala baseada na imagem da mulher exposta na mídia. Falou de como se cria a subjetividade e como a partir daí , se dá a valoração  dos objetos e pessoas.  Que para o mundo capitalista esta valoração é que prevalece sobre qualquer valor. Fez uma exposição de como as mulheres são vistas, simples objetos, pedaços de corpo, banalizadas.

Após as falas houve o debate com a participação das pessoas presentes. O evento chamou a atenção não só de profissionais e estudantes, mas também das mulheres deficientes auditivas que contou com a colaboração de uma intérprete de libras. Confira alguns momentos....
Geralda Ferraz

                                       

                                      









   
                                                                                            A jornalista Víbia entrevista Geralda Ferraz

2 comentários:

  1. Parabéns a todas que participaram da mesa e em especial a você, Geralda, que tem estado sempre atuante na luta das mulheres pela igualdade de gênero, por espaços na mídia , pelo empoderamento das mesmas...e junto a você estendo o cumprimento a Divina ,que através do Palavra de Mulher e Voz da Mulher muito tem feito pela conscientização das mulheres ...
    Ives

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  2. Parabéns, Geralda, por sua participação e às Mulheres na Comunicação, parabéns pela persistência em fazer rádio e levar informações às mulheres mesmo com tantas barreiras!

    Muito obrigada pela parceria, pelos ensinamentos, enfim, por tudo que vcs têm feito por nós mulheres!

    Vibia Camargo
    Ascom/Semira

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