Por que os homens têm tantas dificuldades, quando o assunto é saúde? De acordo com documento de apresentação do Ministério da Saúde sobre a saúde do homem:
Vários estudos comparativos entre homens e mulheres têm comprovado o fato
de que os homens são mais vulneráveis às doenças, sobretudo às
enfermidades graves e crônicas, e que morrem mais precocemente que as
mulheres (Nardi et all, 2007; Courtenay, 2007; IDB, 2006 Laurenti et all, 2005;
Luck et all, 2000).
Muitos agravos poderiam ser evitados caso os homens realizassem, com regularidade, as medidas de prevenção primária. A resistência masculina à atenção primária aumenta não somente a sobrecarga financeira da sociedade, mas também, e, sobretudo, o sofrimento físico e
emocional do paciente e de sua família, na luta pela conservação da saúde e da qualidade de vida dessas pessoas.
Grande parte da não-adesão às medidas de atenção integral, por parte do homem, decorre das variáveis culturais. A doença é considerada como um sinal de fragilidade que os homens não reconhecem como inerentes à sua própria condição biológica. O homem julga-se invulnerável, o que acaba por contribuir para que ele cuide menos de si mesmo e se exponha mais às
situações de risco (Keijzer, 2003; Schraiber et all, 2000; Sabo, 2002; Bozon,
2004) A isto se acresce o fato de que o indivíduo tem medo que o médico
descubra que algo vai mal com a sua saúde, o que põe em risco sua crença de
invulnerabilidade.
Os homens têm dificuldade em reconhecer suas necessidades, cultivando o pensamento mágico que rejeita a possibilidade de adoecer.
Uma questão bastante apontada pelos homens para a não procura pelos serviços de atenção primária está ligada a sua posição de provedor.
Outro ponto igualmente assinalado é a dificuldade de se enfrentar filas intermináveis que, muitas vezes, causam a “perda” de um dia inteiro de trabalho.
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