Entre 1997 e 2007, a taxa de mulheres latino-americanas empregadas passou de 42,1% para 47,1%. Os dados do estudo "Perspectivas para o Emprego Global" apresentado na última terça-feira, na Suíça, pela Organização Internacional do Trabalho, no entanto, revelam que a região é ainda gravemente afetada pelo emprego informal, vulnerável.
Se levado em consideração apenas o número de mulheres da população economicamente ativa, o número de mulheres empregadas salta de 47,2% - em 1996 - para 52,9% em 2007. Elas são maioria no setor de serviço, o que mais cresceu na região, mas também o que mais gera empregos de baixa qualidade. O desemprego de mulheres e homens atinge ainda a 8,5% da população economicamente ativa.
Para a OIT, a falta de um emprego decente faz com que as pessoas sofram discriminação, que as impede de superar as condições de pobreza e gera um círculo vicioso, do qual a única saída é a criação de empregos seguros.
Os empregos de baixa qualidade, que atingem quatro de cada dez trabalhadores, são mais freqüentes em regiões em desenvolvimento como a latino-americana. Eles tornam as pessoas vulneráveis à pobreza e as expõem a baixos salários, condições de trabalho perigosas e inexistência de segurança na saúde.
A OIT estima que 487 milhões de trabalhadores, ou 16,4% do total, não ganha o suficiente para superar junto com as famílias a linha da pobreza de 1 dólar diário por pessoa. E outros 1, 3 bilhões de trabalhadores, 43,5% do total, ainda vivem abaixo da linha de 2 dólares diários.
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